sexta-feira, 14 de maio de 2010

ABELHAS ECOEFICIENTES: geram benefícios econômicos e ecológicos

Ecoeficiência significa INTEGRAR desempenho ecológico com econômico. Por exemplo, quando uma indústria de bebidas trata seu resíduo líquido e ao invés de despejá-lo na natureza, trata-o e reutiliza-o em seu processo produtivo. Assim gera desempenho ecológico ao não poluir os ecossistemas e desempenho econômico ao reduzir os gastos com o insumo água.

As abelhas também podem contribuir para a ecoeficiência de empresas, especialmente para ecoeficiência fazendas de café. O estudo liderado por Taylor Ricketts, pesquisador da Universidade de Stanford e do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e foi publicado recentemente no periódico "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA (www.pnas.org). O grupo mediu a produtividade de cafeeiros em uma fazenda de 1.065 hectares no Vale Geral da Costa Rica e constatou que plantas num raio de 1 km de um fragmento de floresta nativa produziam 20% mais grãos. A polinização (transporte de pólen de uma flor para a outra que fertiliza a planta) realizada pelos insetos da floresta também era mais eficiente: a quantidade de sementes malformadas nesses cafeeiros foi 27% menor.

O aumento de 20% na produtividade dos cafeeiros próximos à floresta correspondeu a

61.716 dólares, ou 7% dos resultados da fazenda.

As abelhas fazem parte das populações de polinizadores, como pássaros, borboletas, besouros, morcegos, roedores entre outros.

Agronômicas da França (Inra), estimou que o valor dos serviços prestados por insetos chegue às cifras de

150 bilhões de euros. Esse valor é equivalente a 10% do PIB agrícola mundial.

Segundo relatório da FAO (organização da ONU para a agricultura), 45% das espécies de abelha no mundo desapareceram nos últimos 50 anos.

Mas há solução, o Brasil por exemplo disponibilizará três milhões de dólares nos próximos cinco anos para bolsas envolvendo polinizadores. Esse dinheiro será oferecido por meio de parcerias entre o Ministério do Meio Ambiente e o Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio).

Esse dinheiro todo poderia ser aplicado na seguinte solução, citada por Hawken, Lovins e Lovins (1999):

• Investindo no Capital Natural: essa estratégia compreende investir na sustentação, na restauração e na expansão dos estoques de capital natural (serviços prestados gratuitamente aos homens pelos ecossistemas). Isso estimula a biosfera a produzir mais recursos naturais.

Pelo jeito, quando um empresário for projetar os gastos com adubos para uma fazenda de café, poderá computar um investimento com manejo de abelhas ao redor de seus cultivos.

ABELHAS > POLINIZAÇÃO > FRUTOS > MAIOR PRODUTIVIDADE > MAIOR O LUCRO

Referências:

ttp://blogs.estadao.com.br/andrea-vialli/um-forca-para-os-polinizadores/

HAWKEN, Paul; LOVINS, Amory; LOVINS. Hunter. Capitalismo natural: criando a próxima revolução industrial. São Paulo: Cultrix, 1999.


Matéria publicada pelo Prof. Me. Cássio L. Vellani, do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Interativa COC em http://grupolyta.zip.net/empresaecologica/